quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Borboletas e Mariposas

Em 1999 a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou ao 25 de novembro como Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher. A data é uma referência ao brutal massacre das irmãs Mirabal.
As Irmãs Pátria Mirabal, Minerva Mirabal, e María Teresa Miraba, da República Dominicana, conhecidas como Mariposas e que inspiraram a escritora domínico-americana Julia Álvarez, em 1995 para escrever a novela “No tempo das borboletas” foram articuladoreas políticas da oposição contra o ditador Rafael Leónidas Trujillo, no movimento 14 de junho.
Trujillo foi mais um sanguinário ditador latino-americano e leva consigo todo o sangue que um assassino pode carregar. O delírio do ditador chegou a rebatizar a capital, Santo Domingo, de Ciudad Trujillo. Trujillo mandou torturar várias vezes as irmãs Mirabal até que, em 25 de novembro de 1960, Trujillo enviou a vários homens a interceptar às três mulheres depois da visita a seus maridos em prisão. As irmãs, totalmente desarmadas, foram levadas a umas plantações de cana, onde foram assassinadas a paus por uns membros do Serviço de Inteligência Militar.
A morte das Mirabal ganhou repercussão internacional e serviçou para a reflexão de todo o mundo sobre a necessidade de combater a violência contra a mulher, em todas as esferas da existência da humanidade.
Nosso país, como a República Dominicana e tantos outros países latino-americanos, também foi pródigo em realizar atos violentos contra a mulher. Nosso passado recente tem muito sangue feminino, muitas mortes e torturas. Ainda hoje as políticas para igualdade de gêneros são fundamentais em nossos governo. A Secretaria para Políticas para as Mulheres da Presidência da República fez avançar muito as ações de Estado para a melhoria de vida da mulher brasileira. Felizmente, no RS, o governador Tarso Genro criará a Secretaria das Mulheres, a secretária Márcia Santana terá grandes desafios, mas construirá importantes políticas para a igualdade de gênero.
São muitas mulheres que morreram vítimas da violência, no Brasil e em todo o mundo. Como alento, fica a poesia de Lila Ripoll:

Morreram? Quem disse se vivos estão!
Não morre a semente lançada na terra.
Os frutos virão.

Morreram? Quem disse, se vivos estão!
As flores de hoje, darão novos frutos.
Meus olhos verão”

Lila Ripoll